Lubrificante. Ele acaba sendo essencial para o bom funcionamento de um motor e, mais do que isso, para a própria saúde do carro como um todo já que afeta diretamente o seu desempenho.
Vale lembrar que a função principal do lubrificante é justamente melhorar o atrito entre as peças metálicas do motor e também manter a saúde e funcionamento uniforme dessas peças. O uso da especificação correta mantêm temperatura e pressão do óleo ideais e isso influência também a temperatura do motor.
Os fabricantes de veículos fazem exaustivos testes de performance e durabilidade antes da chegada de qualquer produto ao mercado. Muita gente não sabe, mas esses testes de rodagem com milhares e milhares de quilômetros incluem também situações extremas que muitas vezes nem serão enfrentadas em alguns mercados.
Estamos falando de frio de locais inóspitos e também calor extremo, como desertos e regiões áridas. Os testes incluem também diferenças de altitude e umidade. Isso tudo para chegar a um denominador comum e a um tempo de vida útil de um propulsor que pode variar de mercado para mercado, mas que geralmente é bastante longo.
Um dos exemplos mais incríveis desta jornada de testes e durabilidade acontecia com alguns modelos alemães da década de 70 que acabam tendo uma capacidade grande de rodagem sem retífica tanto em países frios como lugares extremamente quentes do Oriente Médio e África. Sem dúvida nenhuma um desafio para engenharia e uma grande satisfação por conta do trabalho bem feito.
Mas o que esses testes realmente comprovam? Eles servem para o desenvolvimento dos componentes da parte interna de um motor, bem como os lubrificantes mais adequados para cada tipo de clima e mercado onde determinados modelos serão comercializados.
Por essa razão, para um veículo que roda em um país nórdico, a recomendação de um lubrificante para motor terá uma especificação que atenda ao aquecimento mais rápido do produto logo após a partida e, em um país quente, a lubrificação seja mais eficiente durante o funcionamento.
Isso faz sentido também de acordo com o local onde o veículo vai circular. Em uma grande capital como São Paulo, por exemplo, o veículo passa, em média, muitas horas de sua vida útil funcionando parado, em crescentes congestionamentos e tráfego denso. Dessa forma, o próprio comportamento do lubrificante indicado para os veículos vendidos na cidade tem que atender a essa demanda rigorosa de consumo.
Mas e o uso de lubrificante com especificação incorreta? Quais os riscos? Lubrificante não é tudo igual? Com todos os testes sobre os quais nos referimos acima, as marcas traçam os parâmetros exatos de uso de cada motor. O uso de um lubrificante com especificação incorreta pode até mesmo fundir o motor já que vai facilitar a formação do acúmulo de materiais e borras que provocam o aquecimento de todo o sistema.
Já falamos aqui em outras matérias sobre a importância de seguir o manual de instruções de cada fabricante. Ele traz as especificações e indicações de cada produto a ser usado no veículo durante sua vida útil e também com a evolução da quilometragem ao longo dos anos. Ele é o seu melhor guia para cuidar do carro da maneira correta.
